domingo, 9 de setembro de 2018

Review - Shadowrun - Super Nintendo



"Você já teve algum sonho do qual estivesse certo que fosse real? E se fosse incapaz de acordar desse sonho? Como conseguiria distinguir a diferença entre o mundo do sonho e o mundo real." matrix

Muitos já devem ter ouvido falar num termo chamado "CyberPunk" Shadowrun não só o representa como mantém viva diversas características adaptadas em seu enredo. O termo abrange uma guerra entre hackers, Inteligências Artificias e uma mescla clara de alta tecnologia com uma decadência da sociedade.

Eu conheci o game num carnaval, sim, carnaval! Eu estava com alguns problemas pessoais e resolvi me isolar um pouco da vida, resolvi tomar a pílula vermelha como dizem por ae. Eu já gostava do gênero, então se apaixonar pelo jogo foi algo natural, de primeira eu diria. Já havia lido alguns livros sobre o tema, poder jogar algo assim foi de certa forma prazeroso para mim.

Shadowrun teve seu enredo baseado num livro de Robert N.Charrete que se intitula Shadowrun não faça acordos com o dragão, o primeiro volume de uma trilogia. No jogo, você controla Jake Armitage, um Hacker que foi brutalmente ferido e dado como morto pelos médicos. A trama inclusive, começa exatamente aqui, num necrotério, quando Jake acorda e sai de sua gaveta meio atordoado, assustando os médicos que ali estavam, uma das cenas mais hilárias que já vi num jogo.

A trama tem seu desenrolar através de "palavras chaves" que são coletadas durante o jogo por pessoas que você encontra pelos cenários, uma espécie de RPG Adventure, muito bem trabalhado e adaptado, o jogo tem um sistema próprio, diferente dos demais, aqui você conta com um cursor que pode ser acionado a qualquer momento do jogo, com ele você pode coletar itens ou conversar com alguém pelo cenário, também temos o cursor para a mira da arma e o cursor para magias. O mais divertido era você invadir computadores, roubando dinheiro, senhas, arquivos secretos etc...

Os gráficos estão bem adaptados a trama, um aspecto underground, punk, decadente, o jogo convence no que se propõe a fazer. As músicas são repetitivas, mas isso não faz o jogo ficar cansativo, meio nostálgico eu diria, mas não cansativo.

Shadowrun se passa num universo CyberPunk, num mundo onde humanos e máquinas se misturam e trazem a tona todo o impossível, como navegar pela matrix conectado a um computador, Humanos, Orcs, Elfos e Dragões num mesmo universo paralelo dividindo a mesma fantasia, a mesma matrix.

O jogo teve uma versão para o Mega Drive onde foi feito praticamente outro game, bem diferente da versão do super nintendo, não me agradou muito, mas não chega a ser ruim, pelo contrário é apenas diferente uma questão de gosto mesmo, eu particularmente prefiro a versão do SNES. Recentemente foi criada uma versão para PC totalmente em HD de Shadowrun que se auto intitula de "Shadowrun Returns" um baita jogo que acompanhei desde a época de testes mas ainda não tive o prazer de pegar para jogar.

Para quem se interessa e gosta do tema CyberPunk indico aqui a trilogia que para mim foi o divisor de águas do gênero, A trilogia de Willian Gibson: 

•Neuromancer
•Count Zero 
•Mona Lisa Overdrive.



|__CisNegro__|

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